quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ele estava sozinho, deitado, no sereno. Esperando que a noite se transformasse em dia
Para acabar a agonia;
Da escuridão sem direção e sensações vazias
já não sentia, fazia do alcool sua única ilusão de alegria
já não dormia...
"Cada segundo de uma vida desolada, levava séculos a se passar
perdido, arrebatado pela piedade de cada olhar" - era o que diziam
piedado, dó, medo, desilusão, sei lá - era o que sentiam
não eram o suficiente para fazê-lo chorar- era a verdade
Calejado, cansado, farto, arrebatado - era seu espírito
" malditos sejam aqueles que não vivem a minha vida
e ainda ousam falar de mim! Vocês matam, se drogam, devem, temem, lutam, injustiçam e julgam, e eu apenas existo"- era o que dizia
Sua casa era a rua, seu alimento a bebida
Seus pais eram as ruas, seu sonho... já não mais existia.

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