se for pra viajar que seja para o perto,
se for embora não me diga que a volta é o incerto
que a esperança não morreu por ali, na esquina da vaidade
na terceira a esquerda da ilusão, na descida do egoísmo
diga que vai voltar , nem que seja por um milésimo de segundo, mas volte
as montanhas e as barreiras eu movo , para que não seja necessário um movimento sequer de seus membros
só não me diga que não valeu, que você se perdeu
era tão fácil virar a direita da liberdade, subir a ladeira da amizade
digo como amiga, não como um ser irracional num momento de êxtase de paixão,
digo como um observador de um mirante, com um binóculo a observar
o vai-e-vem das ondas que lambem a areia de uma forma esnobe, vão e vem
como elásticos a arrebentar após tanta pressão.
Só não me diga que a correnteza foi mais forte e teve a força de te levar pra longe de mim
só não diga que você se perdeu, me diga que vai voltar, assim como cada nascer do sol.